'Eu vi o Brilho da TV' (achei o nome demais, digo de passagem), é um filme de 'terror e suspense' (mas vocês vão entender melhor e calma, sem spoilers), dirigido por Jane Schoenbrun que também trabalhou no roteiro. No elenco temos Justice Smith, Brigette Lundy-Paine, Conner O'Malley, Danielle Deadwyler, Phoebe Bridgers, Lindsey Jordan, dentre outros.
O filme conta a história de um garoto da sétima série e uma garota da nona, onde ele deve dormir sempre ás dez da noite, mas ás dez e meia de todo o Sábado começa um capítulo de uma série envolvendo uma dupla de garotas com poderes mágicos que derrotam monstros que são manipulados pelo Senhor Melancólico que é uma lua (?). O garotinho acaba trombando com essa garota que é fã do programa onde eles passam a conviver juntos só falando do mesmo, sem uma amizade envolvida, mas sim o assunto do programa. Anos se passam e as coisas começam a se tornar estranhas quando a garota foge e o programa é cancelado, mas parece que o mesmo está se mesclando com a realidade de uma forma bem confusa de entender.
"Bem confusa de entender." Essa frase resume muito bem esse filme que faz parte da produtora 'A24' que abraço com muita força, pois ela lança muitos filmes legais e até mesmo com ideias meio 'fora da caixa' que, atualmente' é a que mais está fazendo um bom serviço e que está lançando títulos muito bons que está oferecendo para os telespectadores um material bom ou muito bom pra ser consumido. Mas voltando ao filme 'Eu vi o Brilho da TV', ele foi tudo isso na sinopse que tentei criar, e fui feliz nisso, agora entender é uma outra coisa.
'Eu vi o Brilho da TV' é um filme mais experimental, não tanto quanto 'Skinamarink', mas um filme que traz uma ideia, mostra dois alunos excluídos da escola, onde até mesmo o garoto depois de velho obedece muito os pais, como hora de dormir, coisa que não é muito comum com os adolescentes, mas confesso ter me apegado a ambos os personagens por ter essa característica 'fora do padrão', mas que ao mesmo tempo tudo gira e fica confuso. Pois o longa foca mais no personagem masculino que vira um fã de carteirinha da série e vive sua vida como dá, passando por maus bocados, mas tendo essa impressão que mesmo quando a série foi cancelada a mesma não saiu da vida dele e quando ele fala com a 'colega', pois amizade entre eles não tem, as coisas ainda pioram.
Se eu gostei do filme? Sim! 'Eu vi o Brilho da TV' é mais um daqueles filmes que você assiste e entende uma coisa, seu amigo entende outra, sua tia decide ver e entende metade e assim segue: o longa não tem compromisso ou ideia de tentar explicar o trama, ele é estranho e muito cabuloso em algumas partes das vezes pelo simples motivo de ser. É uma obra de Jane Schoenbrun que quis criar um filme experimental onde cada um pescasse alguma coisa e formulasse pra si algo que (talvez) faria sentido, ou não, ou quase. Eu gosto de filmes assim, pois é meio metáfora da vida, podemos ver um garoto que era sozinho e se tornou um homem sozinho, podemos enxergar a metáfora sobre a vida onde o que é mais fácil se apegar é algo nostálgico do passado, mesmo que seja bem tolo, mas que remeta á momentos felizes ou qualquer coisa do tipo.
E não invente de tentar procurar uma verdade ou entendimento absoluto de 'Eu vi o Brilho da TV', pois você pode encontrar canais no Youtube batendo o martelo e apontando todos os significados, mas esqueça, pois você só pode acreditar nas palavras da pessoa que criou a obra e não no ponto de vista de uma pessoa, claro, é interessante ver, mas cada um terá seu ponto de vista então defenda o seu mesmo que for pela metade. Com isso, o espaço 'Black Dog' classifica 'Eu vi o Brilho da TV' como um 'bom' (três estrelas) filme, eu gostei da experiência, mas também não achei algo incrível: foi legal, foi bem-feito, deu pra criar teorias e amarrar algumas coisas enquanto, pelo menos, o triplo ficou pra trás, mas esse é o alvo de 'Eu vi o Brilho da TV': capturar o máximo de informações pra tentar entender algo dentro de um amaranhado de coisas que não faz sentido algum.
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