domingo, 26 de agosto de 2018

Bottom of the World


 Hoje vou falar sobre um filme 'indie' chamado 'Bottom of the World' que estreou no ano de 2017 diretamente nas plataformas digitais por aqui. O longa de suspense tem como diretor Richard Sears e no roteiro temos Brian Gottlieb e David Kowalski. No elenco contamos com Douglas Smith, Jena Malone, Ted Levine, Tamara Duarte, entre outros.
 O longa conta a história do jovem casal Alex e Scarllet que estão numa jornada para tentar uma nova vida em Los Angeles até a garota apresentar alguns surtos no meio do caminho e Alex achar tudo aquilo muito estranho além de atrapalhar o plano do casal. A situação começa a se complicar quando a jovem desaparece sem motivo algum fazendo com que Alex perca a cabeça.


 Antes de começar a crítica eu quero dizer que existiram dois roteiristas para bolar uma história tão 'sem sentido' como a que está presente em 'Bottom of the World'. O filme tem muita cara de filme independente, mas até ai tudo bem, pois muitas pessoas tem preconceitos com filmes que não são de grandes produtoras apontando que os mesmos não são legais e eu discordo, pois muitos são tão bons ou melhores quanto de um que faz parte de uma 'FOX', 'Warner Bros.' ou 'Universal Pictures' da vida e outros já não são legais tanto. O filme tem um drama no início, porém o suspense toma conta antes do meio do filme e as coisas começam a ficar muito confusas. A história segue uma linha variante em uma 'realidade' criada pelos roteiristas onde o diretor achou, de alguma forma, bacana e decidiram rodar, porém não sabemos o que acontece e nada é explicado concretamente. Existem filmes que gostam de deixar a história ou a conclusão meio que no ar onde o telespectador tira suas conclusões sobre o que assistiu e da seu veredito.
 'Bottom of the World' é muito diferente, ele conta uma história que, de repente, parece uma alucinação e ele está vivendo uma outra vida e o personagem fica deslocado quando encontra essa mesma mulher depois que não o reconhece. Poderia seguir uma trama bacana, porém as mentes por trás do longa não souberam explicar dentro do mesmo o verdadeiro motivo que aconteceu tal situação, se aquilo era real ou não, se realmente aconteceu e muitos 'por quês' ficaram no ar quando começou a rolar os créditos deixando o telespectador a ver navios. O espaço 'Black Dog' classifica o filme 'Bottom of the World' como um filme péssimo / ruim (uma estrela e meia), pois os personagens e tudo mais conseguiram trilhar um caminho, eles atuaram bem, você fica confuso no filme, mas esperando que tenha uma explicação num determinado ponto do filme, simplesmente não acontece e ele acaba. O filme tem como material um suspense tão grande que a história é complicada de decifrar e pode ser um tempo perdido para um telespectador que espera ver um suspense de qualidade. Confira abaixo o trailer sobre o longa 'Bottom of the World' e descubra o que é e o que não é real.

3 comentários:

  1. Na minha opinião o filme todo nada mais é do que um último sonho da protagonista antes de morrer, quando se suicida. O sonho mostra, talvez, de forma inconsciente, o arrependimento e culpa que ela carregava por ter matado o primo. Ela sonha que ele é normal e está feliz. Mas como todo sonho ele tem que acabar. O homem percebe que está dentro do sonho de outra pessoa e investiga.

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  2. Creio que tudo se passa em uma espécie de compensação inconsciente, onde uma fantasia foi criada para tentar, talvez, compensar a culpa que ela teve sobre as torturas e o assassinato do primo dela, o Wayne. Ela personifica ele como um jovem que possui uma vida normal e que ela nutre o amor e uma paixão, compensando a falta de empatia que ela tinha quando ele era Wayne, e não Alex. No entanto, a figura de Alex também aparece como sua carrasca e ela clama pela punição do homem de capuz. Inclusive não consegue sair da cidade, pois sabe o que tem que ser. A figura do pai com passagens sobre pecado, dor e arrependimento pode representar os remorsos dela, mas não sei por que a imagem do pai está associado ao mensageiro de Deus. A mensagem de que as pessoas se prendem muito ao mundo ao seu redor e esquecem de olhar pro seu interior contrasta muito, na minha opinião, com a frase final da Scarllat de que quando ela inventou que um homem invadiu a casa, matou seu primo (Wayne) e a estuprou, já que, como ela mesmo falou, todos a confortaram, mas por dentro ela sabia que ele não tinha morrido e que ela esperava inconscientemente uma punição. Há muitas outras associações que não pude fazer, mas com certeza não se pode olhar essa história sem uma bagagem sociocultural muito bem refinada.

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    1. Tenho essa mesma interpretação sobre o longa. Mas me parece um trabalho preguiçoso deixar que o expectador "monte" na imaginação toda a trama do filme. Criaram um enredo legal, mas não souberam como executar a ideia. Foi cansativo de assistir.

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