terça-feira, 16 de abril de 2019

Psicopata Americano


 Hoje irei falar sobre um clássico no cinema que todos conhecem (pelo menos pelo nome) chamado 'Psicopata Americano' (título original: 'American Psycho') que estreou no dia 22 de Dezembro de 2000 sendo dirigido por Mary Harron que também roteirizou ao lado de Guinevere Turner em cima da obra original criada por Breat Easton Ellis. No elenco temos Christian Bale, Willem Dafoe, Jared Leto, Josh Lucas, Reese Whiterspoon, Samantha Mathis, Chloe Sevigny, Matt Ross, dentre outros.
 O longa conta a história de Patrick Bateman, um homem de 27 anos, metrossexual que se cuida muita e é muito rico trabalhando na Wall Street e fazendo tudo o que quer. Nada o difere na primeira impressão de seus outros amigos que trabalham no mesmo ramo, porém o homem quer ser o melhor de todos e quer de tudo do melhor arrumando uma 'encrenca interior' até quando um cartão de visita é apresentado por um amigo e ele o compara sendo melhor que o dele. A única maneira que ele tem pra saciar essa 'sede' e continuar no topo é matar e as vezes faz isso por impulso por besteiras diante de situações tolas. Porém um detetive está investigando quem matou uma pessoa próxima a ele e nem isso o estremece e ele continua realizando sua onda maluca de assassinatos.


 Antes de Christian Bale aceitar o papel, amigos próximos dele disseram que ele 'afundaria sua carreira' fazendo um 'psicopata doentio' nos cinemas, mas isso o empolgou mais a fazer e no final das contas foi bom, pois o longa se tornou um clássico onde divide opiniões: alguns acharam a obra muito bacana e outros 'torceram o nariz' dizendo que o longa 'não é pra tudo isso', mas será mesmo?
 'Psicopata Americano' ao meu ver é um longa feito dentro das diretrizes do 'politicamente correto' na história do cinema e eu vou explicar: o longa 'não perde a cabeça' como, talvez, um filme independente faria e poderia extrapolar mais as ações do personagem e transformar a história em algo 'horrendo' e 'sujo' (no bom sentido), algo mais 'trash' misturando com uma 'inteligência fora da sanidade' do personagem psicopata onde eu acredito que, não poderia se tornar um sucesso, mas encaixaria melhor na base que o longa 'temeu' em apresentar.
 No ano 2000 não era 'febre' tais filmes independentes que realizam um conteúdo horrendo que mostrou que existe público, mas talvez fosse o medo dos criadores e deixaram o longa percorrer 'dentro das linhas'. O filme é interessante, pois 'cutuca na ferida' de uma maneira interessante, pois o homem mata geral e não aparenta ser um assassino, isso é, seu dinheiro, o que ele construiu e sua imagem metrossexual que ele tanto zela conseguiu encobertar esse lado 'sombrio' e 'louco' dele e essa parte perante a sociedade eu achei interessante, porém o longa em si e os caminhos que ele anda ... não tanto.
 Não existe uma situação 'mestre' que encaminhe o longa, pois a própria situação é o personagem Patrick que é insano e, como dito antes, se ele sente inveja ou se o amigo dele tem um apartamento melhor que o dele o cara começa a pirar e decide matar o homem e assim ele fica mais tranquilo. A situação do cartão de visita onde os colegas apresentam chega a ser divertido, pois ele repara na fonte e nos mínimos detalhes pra ver qual era o melhor e matar o homem, em seguida bolando um plano. O filme é bem corrido, as situações vão acontecendo e ele vai perdendo a sanidade com o tempo (dependendo da situação ele perde mais depressa) e vai matando as pessoas e o longa meio que se resume a isso. O final temos um 'ápice' onde Patrick Bateman perde literalmente a cabeça, mas o 'momento' não consegue ir tão longe, pois nada o interrompe e se a situação parece ficar interessante (como uma perseguição, por exemplo) logo termina e nem contamos direito se aconteceu de fato.
 O roteiro foi bem escrito, tem umas falas bacanas, ele teoriza sobre coisas como música e se mostra um personagem bem perturbado e infeliz, mesmo tendo muito dinheiro, um apartamento incrível e prestes a casar com uma garota que é um sonho (nada mais nada menos que Reese Whiterspoon), mas as situações que fazem o filme são rasas, acontecem e pronto, não tem um 'caminho' por rás, ele apenas segue fazendo e o filme vai seguindo até o desfecho que eu achei interessante pelos olhos que ele é visto pela sociedade e com isso, considero 'Psicopata Americano' como uma 'lição de moral', ou algo do tipo... vamos chamar de 'beliscão' á sociedade. Com isso o espaço 'Black Dog' classifica o filme 'Psicopata Americano' como um 'bom' (três estrelas) filme, pois o roteiro foi bem escrito, o ator interpretou muito bem e deu pra ver a insanidade estampada no rosto dele em alguns momentos, mas ao meu ver o longa funcionaria muito melhor se fosse mais pesado, se investissem mais nas cenas de violência e tinha que mostrar o personagem causando terror perseguindo pessoas como um 'serial killer maluco', coisas que o longa não apresentam e nessas situações, procura não se estender muito onde ele age, mata e parte pra outra. Confira abaixo três vídeos sobre o longa que é um clássico, mas nem todos os clássicos são memoráveis.



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